Certa vez, uma pequena menina criada em uma cidadezinha do interior, resolve aos seus 16 anos enfrentar a cidade um pouco maior, pensando nesse voo, alçar a liberdade.
Passou por provas difíceis, e muitas fora dos padrões normais de direitos do trabalhador. Mas foi fiel à sua essência: não voltar, pois achava ser uma derrota voltar à terra de origem sem ter conseguido vencer.
Os tempos passaram.... a menina cresceu, virou mulher sem passar pela juventude (naquela época, era privilégio de poucos curtir a juventude) , foi ganhar a vida de uma forma ainda um pouco mais trabalhosa e responsável, mas digna.
Os anos passaram, veio o casamento, os filhos, a vida - como para todos- cheia de altos e baixos, os filhos crescendo e a responsabilidade de mãe , maior. Bem verdade que aquela menina vinda de uma cidade pequenina, tomou jeito e gosto pela liderança no trabalho. Subiu rápido, almejou, traçou metas para a vida e seus filhos num piscar de olhos se foram...... filhos são do mundo.... Um deles voltou , sem saber ao certo a hora da partida, pois sabemos que para conseguir algo melhor é necessário enfrentar o mundo.
Nesse intervalo, essa mulher enfrentou diversas crises: conjugais, de saúde, de relacionamentos familiares , mas sempre em pé, firme, pois o ditado de sua mãe ecoava em seus ouvidos: crie os que deixei!
Numa noite cinzenta , veio a transbordar do copo: a separação.
Como escreve e bem Vinícius de Moraes:
Soneto de separação
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Assim, a relação ficou mais amena.De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Khalil Gibran sabiamente escreveu:
"O amor não conhece sua própria intensidade até a hora da separação".
Difícil? Creio que sim, mas nada insuportável, pois a mulher está viva, cheia de sonhos de vida e de esperança de que no futuro todas as doenças do corpo e da alma sejam resolvidas pelo homem.
Vida difícil? com certeza, pois agora são dois papeis realizados por numa pessoa só, mas que com ajuda de amigos leva adiante , tomba e levanta de salto!
Rubem Alves relata a dor da separação de forma sublime:"Amor é isto: a dialética entre a alegria do encontro e a dor da separação. De alguma forma a gota de chuva aparecerá de novo, o vento permitirá que velejemos de novo, mar afora.
Morte e ressurreição. Na dialética do amor, a própria dialética do Divino.
Quem não pode suportar a dor da separação,
não está preparado para o amor. Porque o amor é algo que não se tem nunca. É
evento de graça.
Aparece quando quer, e só nos resta ficar à espera. E quando ele volta,a alegria volta com ele. E sentimos então que valeu a pena suportar a dor da ausência, pela alegria do reencontro".
Já um autor desconhecida da-nos a seguinte explicação:
Aparece quando quer, e só nos resta ficar à espera. E quando ele volta,a alegria volta com ele. E sentimos então que valeu a pena suportar a dor da ausência, pela alegria do reencontro".
Já um autor desconhecida da-nos a seguinte explicação:
“As maiores batalhas são travadas no
inconsciente, pois homem vive em busca de uma tal felicidade e esquece de
buscar sua paz interior”.
Vivemos desejado e raramente buscamos nossa
verdadeira paz. Nas grandes viagens em busca da Realidade m deparei com algo
muito interessante um amigo me enviou:
Um Jardim No Coração
Neste Ano plante um jardim no seu coração.
Não se preocupe em fertilizar pois a terra do coração é boa e naturalmente dadivosa.
O mais importante é escolher as sementes certas.
No jardim de seu coração não pode faltar a semente da FÉ.
As flores da fé deixarão seu coração resistente e fortalecido o bastante para que você possa suportar todas as intempéries da vida.
Plante a semente do AMOR UNIVERSAL.Esta planta precisa de cuidados especiais, porém suas flores são tão sublimes que exalarão as doces fragrâncias do perdão, da gratidão, da união com todos os seres e da vontade de servir desinteressadamente.
Plante as sementes da ALEGRIA e do ENTUSIASMO.
Estas plantas darão flores vivazes e comunicativas que cantarão para as outras flores, se vestirão das mais variadas cores e serão beijadas pelos colibris.
Plante a semente da HUMILDADE.
Além de belíssima, esta planta tem o raro condão de impedir o crescimento das ervas daninhas do orgulho, do egoísmo e do ressentimento. As flores da humildade exalarão o aroma da simplicidade, da leveza e da paz
Plante as sementes da PERSEVERANÇA nos quatro cantos do seu jardim.
Estas plantas crescerão lentamente, ficarão viçosas e encorpadas com o tempo. Demorarão para dar suas flores esplêndidas para que você entenda que, às vezes, é preciso esperar para conseguir algo realmente valioso e definitivo.
E não se surpreenda se um dia notar que, bem no centro de seu jardim, nascer uma planta raríssima que você não plantou. Ela veio por lei de afinidade ao ver a beleza das outras plantas e das outras flores.
Chamar-se-á planta da SABEDORIA. Suas flores nobres e fulgurantes exalarão o perfume do discernimento e permitirão que você possa contemplar toda a Criação pelos próprios olhos de Deus.
E assim a mulher
enfrentou um HERII (Câncer de Mama) positivo e está de volta com toda garra e vontade viver!
Vontade de viver as vezes é palavra
pequena: vontade enfrentar o mundo de
olhos bem abertos, pois nunca sabemos o
dia de amanhã. Certo é o ditado de
que o ontem já se foi, estamos vivendo o
hoje, e o dia de amanhã não
sabemos como e de que forma será. Logo,
o presente é uma dádiva.
Hoje,
dia 24 de fevereiro de 2014, a
mulher faz uma pequena relembrança dos momentos mais difíceis:
·
Perda da
mãe: difícil, mas natural;
·
Saída de
filhos para longe dos olhos: caminho
natural dos acontecimentos
·
Superação
do Câncer de Mama: Nada foi tão
difícil no momento do veredicto.... mas os filhos, esses
continuam e por eles se morre ou se vive. A pequena mulher preferiu viver, usar salto alto, batom,
lápis nos olhos e encarar tudo com
uma simples frase: RETIREI
O QUE NÃO ME PERTENCIA...A doença
não é nossa, mas a vontade em viver,
essa é nossa opção!
Oi querida
ResponderExcluirSimplesmente maravilhoso!
Você está linda!
Beijos no coração
Lua Singular