TEMPO..... PRECIOSO E ASTUCIOSO TEMPO!

O que é tempo  em nossas vidas....

Tempo é simplesmente a duração dos fatos, é o que determina os momentos, os períodos, as épocas, as horas, os dias, as semanas, os séculos ... A palavra tempo pode ter vários significados diferentes, dependendo do contexto em que é empregada.

A expressão "a tempo", significa que o fato está acontecendo no momento oportuno, na ocasião certa.

"O tempo" é o momento atmosférico, é a definição do clima e das estações do ano. "Fechar o tempo", é escurecer e ameaçar chover. No Brasil, a expressão "desabar o tempo", é chover torrencialmente.

"Tempo verbal", é a flexão indicativa do momento a que se refere o estado ou a ação dos verbos. É o passado, presente ou futuro.

"Matar o tempo" é uma expressão usada no momento da distração, do divertimento. "Ter tempo"´, é estar livre, sem pressa, disponível. "Perder tempo", é usá-lo em coisas inúteis, onde não se espera bons resultados. "No meu tempo", é quando nos referimos a um momento da nossa vida, diante de um fato acontecido no passado. "Dar um tempo" ou "pedir um tempo", é solicitar um momento, é pedir uma pausa em qualquer atividade.

"Tempo de percurso", é o tempo gasto para se percorrer determinada distância. Em física, esse tempo é calculado tomando-se como referência, a distância percorrida e a velocidade do objeto.

"Tempo de trabalho", é o período de tempo diário, em que o trabalhador está a disposição de uma  empresa, é a sua jornada de trabalho.

Mas e quando o tempo  está contra nossas vontades, nossos anseios, divide-nos com  seus ligeiros compassos como  músicas ao  ar...

Nesse momento,  quando  achamos que tudo  perdemos, é hora de recolher..... se fechar e refletir para mais adiante levantar e erguer os muros de proteção.

Ah...  como  é importante e sábio saber a hora de recolher-se,  de refletir, de agir só,  de pensar com  o  coração e sem os egos...

de Lya Luft

 “Às vezes é preciso recolher-se.(eis aqui  a sabedoria de usar o tempo  de recolhimento) O coração não quer obedecer, mas alguma vez aquieta; a ansiedade tem pés ligeiros, mas alguma vez resolve sentar-se à beira dessas águas. Ficamos sem falar, sem pensar, sem agir. É um começo de sabedoria, e dói. Dói controlar o pensamento, dói abafar o sentimento, além de ser doloroso parece pobre, triste e sem sentido. Amar era tão infinitamente melhor; curtir quem hoje se ausenta era tão imensamente mais rico. Não queremos escutar essa lição da vida, amadurecer parece algo sombrio, definitivo e assustador. Mas às vezes aquietar-se e esperar que o amor do outro nos descubra nesta praia isolada é só o que nos resta. Entramos no casulo fabricado com tanta dificuldade, e ficamos quase sem sonhar. Quem nos vê nos julga alheados, quem já não nos escuta pensa que emudecemos para sempre, e a gente mesmo às vezes desconfia de que nunca mais será capaz de nada claro, alegre, feliz. Mas quem nos amou, se talvez nos amar ainda, há de saber que se nossa essência é ambiguidade e mutação, este silêncio é tanto uma máscara quanto foram, quem sabe um dia, os seus acenos.

O amor nos tira o sono, nos tira do sério, tira o tapete debaixo dos nossos pés, faz com que nos defrontemos com medos e fraquezas aparentemente superados, mas também com insuspeitada audácia e generosidade. E como habitualmente tem um fim – que é dor – complica a vida. Por outro lado, é um maravilhoso ladrão da nossa arrogância.
Quem nos quiser amar agora terá de vir com calma, terá de vir com jeito. Somos um território mais difícil de invadir, porque levantamos muros, inseguros de nossas forças, disfarçamos a fragilidade com altas torres e ares imponentes.

A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranquilidade, querer com mais doçura..."

 Gláucia Oliveira

fonte: http://obsoleta.wordpres.com/2010/10/23/e-preciso-recolher-se/com